O basquete máster é uma realidade no Brasil, e a modalidade possui uma associação de árbitros. Confira nossa entrevista exclusiva com o presidente da organização, Oscar Bertolini.
No Brasil hoje existem muitos empreendedores na área de arbitragem, mas nenhum deles, especificamente, como nós da AABM, na área do basquete máster
Oscar Bertolini, presidente da associação
Como surgiu a necessidade da criação da Associação de Arbitragem de Basquetebol Máster?
Oscar Bertolini: Ela surge da necessidade de estar em consonância com as mudanças no mundo do basquetebol máster, dentro do país e dentro de cada estado que faz parte da FBBM (Federação Brasileira de Basquetebol Máster).
Além disto, temos uma visão diferenciada no máster. Depois da idade de 45 anos, deve-se olhar diferentemente para cada categoria e para cada naipe – estamos falando de masculino e feminino. Sabemos que a evolução do nosso organismo é descendente depois dos 35 anos, e, portanto, as reações de comando cerebral e de velocidade de reação na modalidade fazem com que estudemos cada faixa etária e tenhamos uma orientação de interpretação das ações de defesa e ataque dos indivíduos na quadra de jogo.
Onde é a sede da associação? Quantos membros fazem parte dela?
Para fins documentais e de fundação está baseada na cidade de João Pessoa, na Paraíba. Porém, por motivos de coordenação, hoje estamos em Chapecó (SC). Fazem parte dela hoje aproximadamente 60 integrantes entre oficiais de mesa e de quadra.
Como é o panorama do basquete máster no Brasil? A prática vem se popularizando nos últimos anos?
O panorama é muito bom. A cada ano somam-se cada vez mais equipes formadas por praticantes nos estados do Brasil, tanto no feminino como no masculino. O basquete máster é muito popular aqui no Brasil. Sentimos que está tendo mais interesse a cada ano, de equipes novas de diferentes regiões do país, em participar e fazer parte dos eventos nacionais e regionais.

Com sua experiência profissional, como você vê a arbitragem no Brasil e os empreendimentos de alguns árbitros, que inovam atuando em empresas de gestão esportiva, de eventos, etc?
No Brasil hoje existem muitos empreendedores na área da arbitragem, mas nenhum deles, especificamente, como nós da AABM, na área do basquete máster. A maioria das empresas de arbitragem são privadas, cobrem necessariamente o lugar das federações que não tem quadro de oficiais suficiente para atender às demandas dos seus filiados e das associações que representam as diferentes categorias de praticantes da modalidade.
Como é a remuneração dos árbitros do máster? Há um piso?
A remuneração é um caso a ser definido ainda. Não temos uma regulamentação definida, estamos em estudos de valores, de acordo ao tipo de evento, tempo de execução, quantidade de jogos e necessidade de quantitativo de oficiais para os mesmos. Pode variar em valores, porém todos eles serão dentro da realidade do país e do momento econômico. Portanto, não estipulamos um piso salarial – não no momento.
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