Entrevista: Cristiano Maranho e a Referee School

Escola de arbitragem realizou, no início de março, o I Congresso Internacional de Arbitragem, 100% online

Como surgiu a ideia de criar a Referee School? Como foi a elaboração e implantação desse projeto na prática? Como foi pensada a sociedade entre vocês três (nota para o público: além de Cristiano Maranho, Vinícius Simões e Diego Chiconato são os outros sócios da empresa)?

Cristiano Maranho: a ideia surgiu na pandemia do COVID-19. Estávamos parados, sem arbitrar, e então nos comunicamos e decidimos criar a Referee School, para poder dar seguimento à arbitragem, mas de maneira virtual.

A implantação foi de maneira virtual também: nos reunimos via meet, conversamos, trocamos ideias e chegamos a Referee School, também com a ajuda – consultoria – do Ramiro Inchauspe, da Cinética – Escola do Movimento.

A sociedade é igualitária; cada um ficou com uma parte das tarefas. Nos reunimos em Apucarana, no nosso estúdio – a casa dos pais do Vinícius – , e gravamos os conteúdos.

A gestão esportiva no Brasil e o empreendedorismo esportivo são realidades que apresentam dificuldades para implantação, desde as financeiras até as de logística. Como vocês superaram isso? O marketing digital é uma ferramenta importante para alguém da área do esporte que queira empreender?

CM: no começo tudo é muito difícil em todos os sentidos, tanto de infraestrutura como o financeiro. Ainda estamos meio que engatinhando, mas já temos alguma estrutura para fazermos nossas gravações. E com certeza o marketing digital é muito importante na divulgação da nossa marca, que é a Referee School. Para superar isso, estamos postando em nossas páginas pessoais no Instagram, Facebook, também no Instagram da Referee School e assim vamos crescendo dentro do mercado.

Participei do I Congresso Internacional de Arbitragem e pude ver na prática um pouco do projeto da Referee School: modelo digital de fácil acesso, qualidade digital excelente e plataforma de ensino 100% adequada para que os palestrantes fizessem suas apresentações. Como foi colocar em prática tudo isso? Organização de agenda, produção dos vídeos, escolha dos temas…

CM: a parte digital fica com o Vinicius, e a de edição também. Quanto aos temas, fomos conversando e chegamos a um denominador comum: o que pensamos que seria interessante para o nosso público-alvo, que são os árbitros – em relação a este congresso. Porém, nosso pensamento é atingir a todos que queiram saber sobre o basquete. Quanto à produção dos vídeos, fizemos um slide padrão para a Referee School e disponibilizamos para nossos palestrantes, que foram escolhidos a dedo por nós e também participaram de forma totalmente gratuita – da mesma maneira que nós disponibilizamos o congresso.

Cristiano Maranho: expertise dentro das quadras gerou uma escola de arbitragem. Foto: Globo Esporte

Quais foram os resultados obtidos no congresso? Vocês pretendem planejar outra edição? 

CM: os resultados foram excelentes. Atingimos nosso objetivo, que era divulgar a nossa empresa, e também fortalecer nossa marca, a Referee School, e com certeza iremos realizar o segundo congresso, em breve.

Após o congresso, quais são os novos caminhos da Referee School?

CM: estamos terminando nosso produto, que iremos lançar no mercado para todos aqueles envolvidos no basquete e que de alguma maneira gostariam de dissolver alguma dúvida sobre a regra do basquetebol. Já tivemos um produto lançado, que são as novas mudanças da regra, e também realizamos um curso de formação de árbitros aqui no Paraná, que atingiu mais de 100 pessoas. Para um primeiro curso totalmente digital, acho que alcançamos bons números.

E o que sempre deixamos claro, aliás, bem claro, é que não comercializamos a regra, pois ela não pode ser comercializada; o que comercializamos é a nossa interpretação, é nossa experiência como árbitros. Isso sim podemos comercializar 0 a experiência de mais de 20 anos como árbitro FIBA e também a experiência de ter apitado todas as finais no naipe masculino da FIBA.  

Em toda sua experiência nas quadras, você planejava participar de um projeto de ensino digital?

CM: então… Sempre gostei de compartilhar meus conhecimentos com os árbitros mais novos, e quando surgiu essa ideia, achei muito bacana, pois a internet tem um alcance gigantesco. Estou adorando essa nova etapa da minha carreira, e pretendo continuar nesse caminho quando me retirar das quadras. 

Publicado por Alice Barbosa

NBA journalist and writer. Árbitros NBA creator, website/social media about NBA refereeing. Jornalista e escritora, criadora do projeto Árbitros NBA (site, Twitter e Instagram). Periodista y escritora, creadora del proyecto Árbitros NBA (sitio web, Twitter e Instagram). @aliceviralata @arbitrosnba

4 comentários em “Entrevista: Cristiano Maranho e a Referee School

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